quinta-feira, 11 de junho de 2009

Reciclar Lâmpadas

Fluorescentes
No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados.
Para minimizar o impacto ambiental, a Tramppo Recicla Lâmpadas, empresa do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu um sistema que recupera os componentes presentes nas lâmpadas, reaproveitando mais de 98% da matéria-prima utilizada na fabricação.
Por meio de um sistema de vácuo associado a alta temperatura, o equipamento separa o mercúrio, metal tóxico com alto risco de contaminação, de outros elementos, como cobre, pó fosfórico, vidro e alumínio.
"A máquina descontamina a lâmpada fluorescente com a extração do mercúrio e possibilita a reciclagem dos outros materiais pela indústria. O lixo é transformado novamente em matéria-prima", explica Gilvan Xavier Araújo, diretor da Tramppo, à Agência FAPESP.
O trabalho de pesquisa que deu origem à solução, intitulado Descarte adequado de fluorescentes que contenham mercúrio, teve apoio da FAPESP no âmbito do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (PIPE). A engenheira química Atsuko Kumagai Nakazone, da Tramppo, foi a pesquisadora responsável pelos testes com o equipamento.
Araújo aponta que a reutilização do mercúrio representa uma grande economia ao país. "Praticamente todo o volume de mercúrio consumido atualmente no Brasil é importado da Espanha, do México, da Rússia e de outros locais", disse.
A Tramppo já iniciou as atividades comerciais da tecnologia pelo processo conhecido como logística reversa, por meio do qual a empresa vende lâmpadas novas para o cliente a preço de custo e recolhe as usadas para reciclagem. "Desse modo, conseguimos focar o trabalho na venda de matéria-prima para as indústrias que produzem lâmpadas. Isso gera uma sustentabilidade ambiental e econômica em todo o processo", afirma Araújo.
O projeto ganhou certificado do Programa New Ventures Brasil, na categoria Modelo de Negócios em Desenvolvimento Sustentável. O objetivo do programa, iniciativa da World Resources Institute (WRI), sediada na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, é fomentar o desenvolvimento mercadológico de empreendimentos sustentáveis.

As lâmpadas incandescentes convencionais são produzidas de vidro e metal. Elas não contém materiais prejudiciais ao meio ambiente. Na verdade, não há problema em se jogar as lâmpadas no lixo de casa. Porém, elas não devem ser jogadas em lixos para reciclagem de vidros, pois o tipo de vidro usado na produção de lâmpadas é diferente dos vidros convencionais.
As lâmpadas halógenas são preenchidas com uma pequena quantidade de gás halógeno mas, mesmo a quebra de muitas lâmpadas não oferece nenhum perigo às pessoas e ao meio ambiente. Portanto, podem ser jogadas no lixo de casa.
Lâmpadas fluorescentes tubulares, fluorescentes compactas e descarga da alta pressão contêm quantidades pequenas de mercúrio. Estas lâmpadas ao invés de serem jogadas em lixos específicos para vidros recicláveis ou em lixos de casa, devem ser enviadas para reciclagem apropriada.
As lâmpadas de sódio de baixa pressão também não precisam ser jogadas em locais especiais.
Quanto às embalagens, apesar de não possuírem materiais prejudiciais ao meio ambiente, elas possuem componentes recicláveis e, por isso, devem ser encaminhadas para reciclagem de papel.
100% Reciclável
Há muitas diferenças no design e nos materiais usados na produção dos vários tipos de lâmpadas. Até pouco tempo atrás era impossível prover a reciclagem completa da maioria das lâmpadas. Porém, recentemente, a OSRAM introduziu uma solução para este problema. Um novo conceito que permite a reciclagem de todas as lâmpadas inutilizadas durante o processo produtivo (por ex.: lâmpadas de sódio de alta pressão, lâmpadas de vapor de mercúrio e lâmpadas halógenas). Vidros, tubos quebrados e materiais refugados que não podem ser recuperados ou reintroduzidos na produção agora podem ser processados para virarem vidros ou frita (vidro já moído usado como esmalte para pisos e azulejos).

Um comentário:

  1. nunca tinha pensado nisso !
    reciclar lampadas é uma ótima idéia!

    ResponderExcluir


Como criar site